A ideia deste post surgiu com o artigo publicado pelo administradores.com, pra dizer a verdade nunca havia pensado na possibilidade de trabalhar com um líder gay. Todos os meus líderes (alguns nem eram líderes estavam mais pra chefe mesmo) até onde eu saiba eram todos heterossexuais. De qualquer forma, não veria problema em receber ordens de um líder gay, creio que o mais importante no ambiente corporativo é o quesito competência e este se sobrepõe aos demais.
É inegável que vivemos em uma sociedade machista que cada dia mais vem abrindo sua mente, valorizando o trabalho das mulheres – que vem conquistando rapidamente postos de liderança nas empresas – e se eximindo de preconceitos e promovendo profissionais independentemente da classe social, raça, credo, idade e por aí vai. Algumas profissões e empresas tem maior tradição em empregar homossexuais, outras se mantém no ostracismo do preconceito e relutam em tratar o assunto com naturalidade e profissionalismo.
Para poder entender um pouco mais dessa experiência e por fim a alguns mitos, o Globalizar conversou com o Henrique Toffoli, publicitário de 26 anos que contou um pouco sobre a experiência de ter um chefe homossexual e o resultado dessa conversa você confere a seguir:
(O Globalizar agradece a participação mais que importante do Henrique, e pra interagir com ele é fácil é só segui-lo no Twitter: @hicpedia. Valeu Henrique!!!)
A Human Rights Campaign – HCR – maior organização de direitos civis nos Estados Unidos, trabalha para alcançar a igualdade de direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros e em seu relatório de 2010 trouxe alguns dados interessantes das empresas da terra do Tio San:
Em um total de 590 empresas pesquisadas, 305 atingiram 100% dos quesitos analisados em que a definia como uma empresa que possuía uma política de igualdade dos direitos de seus funcionários. Em 2002 este número foi de 13 empresas. O relatório avalia diversos critérios que possibilita verificar se a empresa promove a diversidade de orientação sexual (94%), igualdade de benefícios para os cônjuges dos funcionários GLBT’s (94% oferecem seguro de saúde, 84% plano odontológico), se a empresa apóia alguma comunidade GLBT externamente à empresa (83%), se proibi discriminação baseada na orientação sexual (72%) e além de outros quesitos.
O relatório ainda faz uma comparação bastante interessante, com relação a posição das empresas listadas no ranking da Revista Fortune, e o percentual atingidos nos critérios avaliados. A Exxon Mobil Corp. que ocupa o 2º lugar da revista e foi avaliada como a pior empresa com políticas de igualdade, dado a relutância de seus acionistas em alterar tais políticas. Na outra ponta a Chevron Corp. (3º da Fortune) e a General Motors Corp. (4° da Fortune) atingiram 100% dos quesitos analisados. O Wal-Mart (1° da Fortune) atingiu somente 40%.
Relatório completo (em inglês):
Fonte: Site da Human Rights Campaign
No Brasil, desde 2004, parceiros de uniões homoafetivas têm os mesmos direitos declarados aos parceiros de uniões heterossexuais, sendo necessária apenas a apresentação de uma “declaração de convivência”, efetivada em um cartório. Também no Brasil, empresas como IBM e o Banco Real são dois exemplos de empresas que possuem políticas internas formais de diversidade sexual.
E você já teve a oportunidade de ter um chefe gay? Como foi?
Na sua opinião, o que falta às empresas brasileiras para a adoção de políticas mais sólidas de igualdade de direitos para os funcionários homossexuais?
Sobre o Autor:![]() |
Cleber Henrique é o editor do Globalizar S/A. Graduado em administração de empresas e busca com o blog compartilhar e adquirir conhecimento. |