É visível o crescimento das redes sociais na internet e o grande volume de pessoas que usam desta “nova” ferramenta para se comunicarem, informarem e até mesmo se divertirem. Diante de tal crescimento, as empresas começam a enxergar este novo nicho de mercado, porém, de forma bem tímida, começam a interagir com seus potenciais clientes on-line utilizando as redes sociais como veículo. A revista EXAME publicou em sua edição de fevereiro, um artigo sobre esta nova tendência. No artigo de Lucas Amorim, é citada uma pesquisa na qual foi constatado que 60% das 189 maiores empresas do mundo utilizam de ferramentas tradicionais de marketing para divulgarem seus produtos e serviços e se relacionarem com seus clientes. Das 189 empresas pesquisadas, apenas 13% consideraram importantes as redes sociais em suas ações de marketing.
Apesar da cautela da maioria das empresas, é possível notar alguns cases, onde a estratégia adotada, foi de fundamental importância para o sucesso do investimento, a exemplo a AmBev, dona da marca Skol, que criou o festival de música eletrônica Skol Beats, e em sua última edição utilizou da rede social criada pela empresa, para interagir com os participantes que ajudaram a produzir a festa. A BMW por sua vez – após pesquisas revelarem que o boca-a-boca era o fator influenciador das vendas da marca – decidiu criar uma rede social que privilegiava os donos aficionados do modelo Mini. No caso da BMW, conseguiu-se criar uma relação entre os comentários positivos e o aumento das vendas, assim como os comentários negativos e diminuição das vendas.
Conseguir avaliar o retorno financeiro, é sem dúvida o grande desafio ao se investir em estratégias de marketing utilizando as redes sociais. Porém, do meu ponto de vista, é de crucial importância que certas empresas comecem a demarcar o seu espaço nesta rede, a estratégia adotada não necessariamente deve ser acompanhada de uma expectativa de retorno financeiro imediato e sim acompanhada de uma tentativa de angariar futuros consumidores.
Ao usar o Twitter, Orkut, MySpace fica visível a influência da opinião de certos membros das comunidades virtuais no comportamento de consumo dos internautas. Vale ressaltar o comentário – muito pertinente por sinal – do americano Josh Bernoff, co-autor do livro Groundswell – Winning in a World Transformed by Social Technologies que aconselha as companhias que pretendem investir no mundo das sociedades virtuais:
- Conhecer a fundo os costumes de seus clientes;
- Utilizar de temas que despertem o interesse do consumidor;
- O que funciona para determinada empresa e produto, pode não funcionar para outro.
Outro ponto a se destacar, é a importância das pesquisas realizadas para que se definam as estratégias adotadas pelas companhias ao adentrar neste novo mundo. Para a alegria do meu professor de Pesquisa de Mercado – Mr. Glauco – as pesquisas foram pontos cruciais para a adoção das táticas de abordagem do consumidor.
E você, considera importantes as redes sociais como ferramenta de marketing? Você é influenciado por opiniões de pessoas nas comunidades que frequenta?
Sobre o Autor:![]() |
Cleber Henrique é o editor do Globalizar S/A. Graduado em administração de empresas e busca com o blog compartilhar e adquirir conhecimento. |